terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sozinha

Hoje você me vê e diz que sou fechada,
Que penso de um modo muito diferente dos outros,
Que você já não me conhece,
Que sou o problema,
Que sou diferente.

Conhecer? você nunca me conheceu.

Me tornei uma pessoa um tanto insensível,
Um tanto fechada,
Um tanto insegura,
Fácil falar isso agora, sem saber os motivos,
Sem saber que você era e é o principal deles.

Quando mais precisei,
Olhei para o lado e não te vi,
Gritei até não poder mais, mas ninguém me escutou.
Era apenas uma criança.. onde você estava?
Que não estava cuidando de mim?
Que não estava do meu lado?

Hoje cresci e me tornei o que você vê,
Uma pessoa um tanto insensível,
Fria,
Que sofre em silêncio.

As vezes sinto falta,
Falta de alguém que nunca tive,
Alguém que nunca me quis.

Vejo algumas cenas diariamente,
E meus olhos enchem de lágrimas como se tivessem vontade própria, automaticamente.
Pois acabo sentindo falta de algo que nunca tive.


 Poliana Dias dos Santos


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sem saber..

Já era tarde da noite e lá estava ela, novamente, como todas as noites. Olhando para o céu, para as estrelas.. enquanto lágrimas molhavam seu rosto.

Ninguém a via,
Ninguém sabia.
Era apenas ela, sozinha.

E lá ela fica,
Algum tempo,
Olhando para as estrelas,
Imaginando,
Sonhando.

Criando forças para continuar,
Mesmo sem saber por onde caminhar,
Mesmo sem saber em quem confiar.
Mesmo sabendo que algumas coisas, jamais, vão mudar.


Poliana Dias dos Santos